quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

História do Acará Disco

História do Acará Disco

História

O género Symphysodom Discus, da família dos ciclideos (Bonaparte 1840), foi descoberto em 1840 por Johann Jacob Heckel (1970-1857), ao qual foi dada a denominação de Symphysodom Discus (Symphysodom Discus Discus ou Heckel Discus).
Mais tarde, Jacques Pellegrin (1873-1939), descreveu outra espécie que designou por Symphysodom Arquifasciatus e que de certa forma, abrange as restantes espécies denominadas geralmente por Discus. Esta segunda espécie, pode dividir-se em três subespécies:

S. Arquifasciatus Arquifasciatus (Discu verde) (Pellegrin 1903)
S. Arquifasciatus Axelrodi (Discu castanho) (Schultz 1960)
S. Arquifasciatus Haroldi (Discu azul) (Haroldi 1960)

Surgiu entretanto uma outra designação que dá pelo nome de Symphysodom Discus willischwartzi.

As variações nas cores destas subespécies, nem sempre são claras. Podem existir cores intermédias e que suscitam discussão entre os estudiosos do assunto.
Apesar destas classificações, é possível que todos os Discus pertençam a uma mesma espécie, mas a taxonomia (classificação cientifica) ainda não está definitivamente atribuída, sendo ainda hoje objecto de estudo. Por enquanto, continuam-se a utilizar os nomes antigos dados aos diferentes tipos de Discus. É possível que em breve surjam novidades nesta área.

Os primeiros Discus a serem exportados, ganharam grande popularidade pela primeira vez na Europa no ano de 1960. Nessa altura, a maior parte dos Discus eram exportados do Brasil e Colômbia e acabavam por ser vendidos no mercado Europeu.
Hoje em dia, existem centenas de criadores profissionais espalhados por todo o mundo, desde a Ásia aos EUA, passando pela Europa. Um negócio em franca expansão.

Selvagens

Discu Heckel

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Esta espécie habita as regiões do rio Negro, rio Madeira e rio Tombetas.
Pode dizer-se que este peixe foi o começo da febre dos Discus.
Uma espécie muito sensível, é talvez a mais difícil de manter e reproduzir em cativeiro, dando pouco espaço a erros. Necessita ser mantido em condições muito especiais, nomeadamente água muito pura e macia e temperaturas mais altas.

Discu willischwartzi

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Discu Castanho

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O Discu castanho, Symphysodom Aequifasciatus Axelrodi, pode ser encontrado principalmente nas regiões do Para, nos rios Tocantins, Icana, Branco, Tapajos a Leste do Brasil, Alenquer e na região Sul de Manaus no rio Madeira.
Esta espécie caracteriza-se por uma cor castanha avermelhada e olhos vermelhos. As barbatanas dorsais e anais são coloridas por tons vermelho, laranja, com laivos preto e azul.
O Discu castanho, é talvez o mais fácil de manter e reproduzir em cativeiro. Nos últimos tempos e depois de um largo período de esquecimento, este peixe tem sido novamente utilizado nos cruzamentos por parte de criadores Asiáticos na obtenção de novas cores.

Discu Azul

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O Discu azul, Symphysodom Aequifasciatus Haroldi, pode ser encontrado na região de Leticia no rio Purus e em Manacapuru no Brasil.
Esta espécie apresenta uma maior intensidade na cor azul na parte dorsal e cabeça.
É uma espécie que se adapta relativamente bem em cativeiro, sendo possível reproduzi-lo com boas condições. Trata-se de uma espécie muito utilizada em cruzamentos por parte dos criadores.

Discu verde

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O Discu verde, Symphysodom Aequifasciatus Aequifasciatus, encontra-se sobretudo no rio Tefe e lago Tefe, Santarém e na região Peruviana.
A coloração deste peixe, varia de um amarelo acastanhado até um castanho claro. As marcas mais notáveis nesta espécie, situam-se à volta da cabeça e na área das guelras, assumindo uma coloração mais metálica do que as outras espécies selvagens.
O Discu verde tem sido largamente utilizado no desenvolvimento de muitas das cores encontradas no mercado

Híbridos

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Discus trabalhados pelo homem através de cruzamentos entre selvagens, entre selvagens e híbridos e entre híbridos que derivaram em novas cores. Existem muitos nomes dados a estes Discus estando entre os mais conhecidos os turquesa, os pigeon blood, os snakeskin, etc. Muitos criadores de renome especializam-se numa determinada cor e a partir dai desenvolvem peixes cada vez mais bonitos e fora do vulgar em termos de cor. Mais fáceis de manter em aquário do que os selvagens, estes híbridos podem apresentar alguns problemas no caso de se queres proceder á sua reprodução. Por vezes é necessário reforçar o sangue com a introdução de selvagens na hora de formar casais especialmente a partir da segunda geração.
Quanto a mim, um dos problemas relacionado com os chamados híbridos são as diversas designações que cada criador dá ao mesmo peixe. É frequente encontrar diversos nomes para o mesmo híbrido o que dificulta de certo modo a forma de lidar com os nomes das talvez dezenas de híbridos encontrados no mercado. Eis alguns.

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